quinta-feira, 23 de outubro de 2008

splitting

A casa volta-se para si mesma, para um pátio que se abre ao ambiente mais acolhedor a sul, que filtra as relações entre o privado e o público, que organiza as entradas para os vários programas da casa e, simultaneamente, os percursos desde e para a rua. A entrada principal, desde a rua, faz-se através de um estreito corredor que acentua o carácter mediador do pátio. A casa adopta uma face dupla, isto é, uma face privada com o pátio e outra mais pública com a rua, um pouco à imagem das antigas casas paroquiais, e numa energia contrária a tendência actual do loteamento, da noção do espaço doméstico. Para evidenciar esta dupla relação recorre-se a um volume que transita de dois pisos do lado da rua (Norte) para um único piso na fachada voltada a sul. A face mais urbana abre-se ao exterior sobretudo no segundo piso, o dos quartos, que, por se encontrarem a uma cota mais elevada, mantêm a privacidade intacta e tornam dispensável a lógica intimista do pátio. [...] 

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